terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Plano de Aula de História - Islã e Civilização muçulmanas



PLANO DE AULA

Tema: Estudando a civilização islâmica

Objetivo(s) 
Identificar influências da cultura islâmica sobre o Ocidente.

Conteúdo(s) 
·         Islã e civilizações muçulmanas.

Tempo estimado 
2 aulas de 50 minutos

Desenvolvimento 
1ª etapa 
Será realizada uma breve referência dos alunos sobre o Islã é a velha marchinha de carnaval Alalaô com seu pedido para que o bom Allah mande água pra Ioiô e pra Iaiá, está na hora de ampliar os horizontes dos estudantes com a reportagem de ponto de partida. Ela mostra que a religião nascida nos desertos da Arábia deu origem a uma civilização como as outras, com seus aspectos luminosos e outros nem tanto, mas que está longe de ser um bicho-papão capaz de tirar o sono dos ocidentais. Vale a pena examinar os vários aspectos do mundo islâmico focalizados na revista, e em especial o intercâmbio que durante séculos ocorreu na Península Ibérica, entre cristãos, muçulmanos e judeus. A leitura da reportagem vai mostrar que ela aborda tanto o islamismo quanto a civilização islâmica. Lembrando que esses termos não são sinônimos, assim como o cristianismo não se identifica totalmente à civilização cristã ocidental. será proposto, o exame dessas diferentes dimensões.
Em seguida será contado aos alunos que episódios relacionados a Abraão, o ancestral de judeus e árabes, são narrados de maneira diferente na Bíblia e no Alcorão. Nos textos judaicos (e cristãos) consta que Deus exigiu o sacrifício de Isaac, filho mais moço do patriarca, mas na última hora poupou a criança. Segundo os muçulmanos, o menino que escapou da morte foi Ismael, o filho mais velho. As versões contraditórias mostram a preocupação em atribuir o favor divino, e com ele a legitimidade, a diferentes ramos da descendência de Abraão: Isaac, ancestral dos judeus, ou Ismael, antepassado dos árabes. É uma evidência de que esses livros sagrados foram fundamentais para a unificação cultural e a afirmação da identidade dos grupos a que se destinavam, ou seja, as tribos seminômades dos israelitas e, milênios depois, dos árabes.
Sugira a seguir o exame da civilização islâmica ou, mais precisamente, das civilizações islâmicas. A própria amplitude do mundo islâmico impossibilita a existência de uma entidade cultural unificada. Por exemplo, um bósnio pode se considerar um bom muçulmano, mas é acima de tudo um europeu, com uma sofisticação e uma visão de mundo bem diferente das de um beduíno da Arábia, um miliciano afegão do Talibã ou um camponês da Indonésia, o maior país muçulmano. Será destacado o fato de que as conquistas e as conversões tornaram o mundo islâmico muito maior que o núcleo original árabe. Para comprovar esse fato, solicitarei que os alunos examinem um mapa com as fronteiras do Islã e identifiquem os povos não árabes que seguem a mensagem pregada por Maomé.
2ª etapa 
Será ensinado que a expansão dos exércitos árabes subjugou muitos países nos quais existiam populações cristãs, judaicas e pagãs. A revista informa que os pagãos eram tratados com dureza. Já os cristãos e os judeus deviam ser respeitados, embora tivessem de pagar altos impostos. Afinal, eles eram "Povos do Livro", possuidores de escrituras sagradas e adeptos de religiões monoteístas, como acontecia com os muçulmanos. Explicarei que em poucos lugares o contato entre os Povos do Livro rendeu tantos frutos quanto na Península Ibérica, conquistada pelos muçulmanos no ano 711. Nos séculos seguintes, mouros populações islamizadas do Norte da África, cristãos e judeus ali conviveram muitas vezes em conflito, mas também num intercâmbio enriquecedor para todos. Córdoba, um dos principais núcleos da Espanha muçulmana, dispunha de escolas de Medicina e uma grande biblioteca, a terceira a ser criada no mundo muçulmano. Nada disso existia nos países cristãos da Europa.
Será acrescentado que nasceram em Córdoba dois importantes filósofos da Idade Média: o muçulmano Averróis, médico, matemático e físico, e o judeu Maimônides, médico do sultão Saladino (que muitos de seus alunos devem conhecer do filme Cruzada). Os dois pensadores foram muito importantes para reintroduzir na Europa ocidental os textos do filósofo grego Aristóteles, que haviam se perdido durante as invasões germânicas. Boa parte de seus escritos sobreviveu no Oriente, e voltou a circular em traduções para o árabe.  Mas nem só de filosofia viviam os povos ibéricos. Para examinar outros aspectos do intercâmbio cultural, peça que a turma pesquise palavras árabes incorporadas à língua portuguesa. Uma dica: com freqüência elas começam com al, equivalente ao artigo definido. Assim, Alcorão significa o livro. A identificação de termos como alcaide, álcool e alquimia que deu origem à palavra química vai evidenciar a presença de muçulmanos em campos como a administração e a pesquisa científica.
Avaliação 
Para terminar, será perguntado se os alunos conhecem o significado da palavra oxalá. Explicarei  que não se trata de uma referência ao orixá supremo do candomblé; ela é usada em frases como Oxalá meu time não caia para a Segundona. Uma rápida pesquisa vai mostrar que, na origem do termo, está a expressão árabe in xallah (se Deus quiser) ou wa xallah (queira Deus). Trata-se, portanto, de uma referência direta ao bom Allah de Alalaô.
 
FLEXIBILIZAÇÃO

Será realizada a sondagem do conteúdo do que o aluno já sabe, adaptar o que for necessário e fazer uma boa avaliação da seguinte maneira:
1º Diagnosticar
 Para construir novos conhecimentos, o aluno precisará contar com um ponto de partida, isto é, com algum conhecimento já construído por ele e que esteja relacionado ao conteúdo estudado no momento. Por meio de uma sondagem (um diagnóstico inicial )  será descoberto o que ele já sabe e verificado como pode contribuir com o coletivo. Tirando o foco do diagnóstico médico e propondo situações desafiadoras para descobrir até onde o aluno pode chegar. Os laudos médicos são importantes para possuir algumas características que os alunos com o tipo de deficiência auditiva, para melhorar e contribuir para planejar o dia a dia em sala de aula.
Ter um intérprete de Libras na escola é um direito. Mas, se a sua escola ainda não contar com a ajuda deste profissional, não desista. Abuse dos estímulos visuais e táteis, ofereça bons registros escritos e em imagens e ajude o seu aluno no dia a dia. Será proposto que ele se nas carteiras da frente e procure falar olhando para o aluno, caso ele seja capaz d fazer a leitura orofacial.
2º Adaptar (ou flexibilizar)
Será lembrado sempre que as atividades são planejadas com base no contexto da sala de aula. Em algumas situações de adaptação curricular, transformando  apenas os objetivos das sequências didáticas. Em outros casos, será flexibilizado os meios para realizar certas atividades, lançando mão de mais recursos sonoros, visuais ou táteis,
Será proposto a produção de um livro auditivo para os alunos dos 6º ano, que, na maioria das vezes já sabem escrever, temos, para a classe, objetivos que visam a sistematização da escrita, a construção de procedimentos do escritor relativos ao texto informativo, a escrita das palavras já fazendo uso de muitas regras de ortografia, entre outros. Para aqueles alunos que ainda estão em fase de construção da compreensão das regras do sistema alfabético, podemos ter como meta os avanços que estes alunos podem ter escrevendo os nomes dos animais, observando e analisando o material de pesquisa onde se encontram palavras familiares, arriscando-se a escrever pequenas legendas (ainda que não consigam fazê-lo da forma convencional) etc. No caso dos alunos que apresentam deficiência visual, física ou auditiva, nossa função é fornecer-lhes o acesso ao material, lançando mão dos recursos conhecidos, tais como, aparelhos, lupas, o sistema braile e até das “nossas mãos”, se for preciso.
O currículo deve ser adaptado ou personalizado se o professor, junto à equipe pedagógica da escola, reconhecer a necessidade de o aluno contar com intervenções que se diferenciam de forma significativa das aplicadas ao resto da classe. Todos os alunos precisam aprender e construir procedimentos e posturas condizentes com a condição de estudantes. Portanto, nada de deixar seu aluno com deficiência como “café com leite” da turma.
3º Avaliar
Determinado as metas, intervenções e objetivos de aprendizagem específicos para os alunos que apresentam algum tipo de deficiência.  Consequentemente, a avaliação desses estudantes vai refletir as adaptações que você fez para ensinar, já que a avaliação é sempre pautada no que já foi dado em sala de aula.
É fundamental considerar que, se a classe inteira está fazendo uma prova, esse aluno também deverá ser submetido à situação de avaliação que, obviamente, deverá ser construída a partir do que foi trabalhado com ele. Conte com vários instrumentos de avaliação e selecione aqueles que proporcionem maior número e qualidade de informações acerca do desempenho. É sempre bom lembrar que os alunos com deficiência precisam passar pelos momentos avaliação ao mesmo tempo que os colegas. Podemos dizer que este é um princípio importantíssimo para seu processo de inclusão efe.