PLANO DE AULA
Tema: Estudando a civilização islâmica
Objetivo(s)
Identificar
influências da cultura islâmica sobre o Ocidente.
Conteúdo(s)
·
Islã e civilizações muçulmanas.
Tempo estimado
2 aulas de 50 minutos
Desenvolvimento
1ª etapa
Será realizada uma breve referência
dos alunos sobre o Islã é a velha marchinha de carnaval Alalaô com seu pedido
para que o bom Allah mande água pra Ioiô e pra Iaiá, está na hora de ampliar os
horizontes dos estudantes com a reportagem de ponto de partida. Ela mostra que
a religião nascida nos desertos da Arábia deu origem a uma civilização como as
outras, com seus aspectos luminosos e outros nem tanto, mas que está longe de
ser um bicho-papão capaz de tirar o sono dos ocidentais. Vale a pena examinar
os vários aspectos do mundo islâmico focalizados na revista, e em especial o
intercâmbio que durante séculos ocorreu na Península Ibérica, entre cristãos,
muçulmanos e judeus. A leitura da reportagem vai mostrar que ela aborda tanto o
islamismo quanto a civilização islâmica. Lembrando que esses termos não são
sinônimos, assim como o cristianismo não se identifica totalmente à civilização
cristã ocidental. será proposto, o exame dessas diferentes dimensões.
Em seguida será contado aos alunos que
episódios relacionados a Abraão, o ancestral de judeus e árabes, são narrados
de maneira diferente na Bíblia e no Alcorão. Nos textos judaicos (e cristãos)
consta que Deus exigiu o sacrifício de Isaac, filho mais moço do patriarca, mas
na última hora poupou a criança. Segundo os muçulmanos, o menino que escapou da
morte foi Ismael, o filho mais velho. As versões contraditórias mostram a
preocupação em atribuir o favor divino, e com ele a legitimidade, a diferentes
ramos da descendência de Abraão: Isaac, ancestral dos judeus, ou Ismael,
antepassado dos árabes. É uma evidência de que esses livros sagrados foram fundamentais
para a unificação cultural e a afirmação da identidade dos grupos a que se
destinavam, ou seja, as tribos seminômades dos israelitas e, milênios depois,
dos árabes.
Sugira a seguir o exame da
civilização islâmica ou, mais precisamente, das civilizações islâmicas. A
própria amplitude do mundo islâmico impossibilita a existência de uma entidade
cultural unificada. Por exemplo, um bósnio pode se considerar um bom muçulmano,
mas é acima de tudo um europeu, com uma sofisticação e uma visão de mundo bem
diferente das de um beduíno da Arábia, um miliciano afegão do Talibã ou um
camponês da Indonésia, o maior país muçulmano. Será destacado o fato de que as
conquistas e as conversões tornaram o mundo islâmico muito maior que o núcleo
original árabe. Para comprovar esse fato, solicitarei que os alunos examinem um
mapa com as fronteiras do Islã e identifiquem os povos não árabes que seguem a
mensagem pregada por Maomé.
2ª etapa
Será ensinado que a expansão dos
exércitos árabes subjugou muitos países nos quais existiam populações cristãs,
judaicas e pagãs. A revista informa que os pagãos eram tratados com dureza. Já
os cristãos e os judeus deviam ser respeitados, embora tivessem de pagar altos
impostos. Afinal, eles eram "Povos do Livro", possuidores de escrituras
sagradas e adeptos de religiões monoteístas, como acontecia com os muçulmanos. Explicarei
que em poucos lugares o contato entre os Povos do Livro rendeu tantos frutos
quanto na Península Ibérica, conquistada pelos muçulmanos no ano 711. Nos
séculos seguintes, mouros populações islamizadas do Norte da África, cristãos e
judeus ali conviveram muitas vezes em conflito, mas também num intercâmbio
enriquecedor para todos. Córdoba, um dos principais núcleos da Espanha
muçulmana, dispunha de escolas de Medicina e uma grande biblioteca, a terceira
a ser criada no mundo muçulmano. Nada disso existia nos países cristãos da
Europa.
Será acrescentado que nasceram em
Córdoba dois importantes filósofos da Idade Média: o muçulmano Averróis,
médico, matemático e físico, e o judeu Maimônides, médico do sultão Saladino
(que muitos de seus alunos devem conhecer do filme Cruzada). Os dois pensadores
foram muito importantes para reintroduzir na Europa ocidental os textos do
filósofo grego Aristóteles, que haviam se perdido durante as invasões
germânicas. Boa parte de seus escritos sobreviveu no Oriente, e voltou a circular
em traduções para o árabe. Mas nem só de
filosofia viviam os povos ibéricos. Para examinar outros aspectos do
intercâmbio cultural, peça que a turma pesquise palavras árabes incorporadas à
língua portuguesa. Uma dica: com freqüência elas começam com al, equivalente ao
artigo definido. Assim, Alcorão significa o livro. A identificação de termos
como alcaide, álcool e alquimia que deu origem à palavra química vai evidenciar
a presença de muçulmanos em campos como a administração e a pesquisa
científica.
Avaliação
Para terminar, será perguntado se os
alunos conhecem o significado da palavra oxalá. Explicarei que não se trata de uma referência ao orixá
supremo do candomblé; ela é usada em frases como Oxalá meu time não caia para a
Segundona. Uma rápida pesquisa vai mostrar que, na origem do termo, está a
expressão árabe in xallah (se Deus quiser) ou wa xallah (queira Deus).
Trata-se, portanto, de uma referência direta ao bom Allah de Alalaô.
FLEXIBILIZAÇÃO
Será realizada a sondagem do conteúdo do que o aluno
já sabe, adaptar o que for necessário e fazer uma boa avaliação da seguinte
maneira:
1º Diagnosticar
Para construir novos conhecimentos, o aluno
precisará contar com um ponto de partida, isto é, com algum conhecimento já
construído por ele e que esteja relacionado ao conteúdo estudado no momento.
Por meio de uma sondagem (um diagnóstico inicial ) será descoberto o que ele já sabe e
verificado como pode contribuir com o coletivo. Tirando o foco do diagnóstico
médico e propondo situações desafiadoras para descobrir até onde o aluno pode
chegar. Os laudos médicos são importantes para possuir algumas características
que os alunos com o tipo de deficiência auditiva, para melhorar e contribuir
para planejar o dia a dia em sala de aula.
Ter um intérprete de Libras na
escola é um direito. Mas, se a sua escola ainda não contar com a ajuda deste
profissional, não desista. Abuse dos estímulos visuais e táteis, ofereça bons
registros escritos e em imagens e ajude o seu aluno no dia a dia. Será proposto
que ele se nas carteiras da frente e procure falar olhando para o aluno, caso
ele seja capaz d fazer a leitura orofacial.
2º Adaptar (ou flexibilizar)
Será lembrado sempre que as
atividades são planejadas com base no contexto da sala de aula. Em algumas
situações de adaptação curricular, transformando apenas os objetivos das sequências didáticas.
Em outros casos, será flexibilizado os meios para realizar certas atividades,
lançando mão de mais recursos sonoros, visuais ou táteis,
Será proposto a produção de um livro
auditivo para os alunos dos 6º ano, que, na maioria das vezes já sabem
escrever, temos, para a classe, objetivos que visam a sistematização da
escrita, a construção de procedimentos do escritor relativos ao texto
informativo, a escrita das palavras já fazendo uso de muitas regras de
ortografia, entre outros. Para aqueles alunos que ainda estão em fase de
construção da compreensão das regras do sistema alfabético, podemos ter como
meta os avanços que estes alunos podem ter escrevendo os nomes dos animais,
observando e analisando o material de pesquisa onde se encontram palavras
familiares, arriscando-se a escrever pequenas legendas (ainda que não consigam
fazê-lo da forma convencional) etc. No caso dos alunos que apresentam
deficiência visual, física ou auditiva, nossa função é fornecer-lhes o acesso
ao material, lançando mão dos recursos conhecidos, tais como, aparelhos, lupas,
o sistema braile e até das “nossas mãos”, se for preciso.
O currículo deve ser adaptado ou
personalizado se o professor, junto à equipe pedagógica da escola, reconhecer a
necessidade de o aluno contar com intervenções que se diferenciam de forma
significativa das aplicadas ao resto da classe. Todos os alunos precisam
aprender e construir procedimentos e posturas condizentes com a condição de
estudantes. Portanto, nada de deixar seu aluno com deficiência como “café com
leite” da turma.
3º Avaliar
Determinado as metas, intervenções
e objetivos de aprendizagem específicos para os alunos que apresentam algum
tipo de deficiência. Consequentemente, a avaliação desses estudantes vai
refletir as adaptações que você fez para ensinar, já que a avaliação é sempre
pautada no que já foi dado em sala de aula.
É fundamental considerar que, se a
classe inteira está fazendo uma prova, esse aluno também deverá ser submetido à
situação de avaliação que, obviamente, deverá ser construída a partir do que
foi trabalhado com ele. Conte com vários instrumentos de avaliação e selecione
aqueles que proporcionem maior número e qualidade de informações acerca do
desempenho. É sempre bom lembrar que os alunos com deficiência precisam passar
pelos momentos avaliação ao mesmo tempo que os colegas. Podemos dizer que este
é um princípio importantíssimo para seu processo de inclusão efe.
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